Relacionamentos empresariais de risco: Como fazer a gestão dos riscos relacionais?
Você sabe o que são relacionamentos empresarias de risco? O objetivo central dos relacionamentos empresariais é gerar valor para os negócios envolvidos, porém isso envolve a gestão dos riscos relacionais. As incertezas sobre o cumprimento dos acordos, mudanças legais e instabilidade no comportamento dos parceiros são os riscos mais comuns. Desse modo, a gestão dos riscos relacionais previne consequências negativas e aumentar o nível de resiliência das alianças.
Um dos principais fatores que comprometem a eficácia das relacionamentos empresariais é a falta de alinhamento entre os valores e princípios das empresas. Diferenças culturais, excesso de controle, cláusulas contratuais rígidas e comportamento oportunista nãp raro comprometem a cooperação e elevam o risco de ruptura. Logo, o chamado “risco relacional” diz respeito à possibilidade de um parceiro agir em benefício próprio, rompendo com os interesses mútuos.
Isso significa que o risco relacional pode se manifestar em práticas como omissão de informações, descumprimento de promessas, uso indevido de tecnologia e atrasos nos compromissos. Para reduzir essas ocorrências, é essencial avaliar experiências anteriores, estabelecer cláusulas contratuais claras e desenvolver mecanismos de controle capazes de proteger os interesses da parceria. Contudo, nem todos os riscos podem ser evitados por mecanismos formais.
A teoria da Economia dos Custos de Transação (ECT) ajuda a entender a necessidade de formas específicas de governança conforme o tipo de transação e os riscos envolvidos. Logo, é parte da premissa de que os agentes têm racionalidade limitada e podem agir de forma oportunista. Assim, a escolha da estrutura de governança deve equilibrar a eficiência com os custos de controle e coordenação.
Paralelamente, a confiança é algo fundamental para estabelecer alianças de longo prazo, pois reduz incertezas, desestimula o oportunismo e torna o relacionamento mais resiliente. Além disso, atua como uma forma de governança complementar, diminuindo a necessidade de controles formais. A confiança também estimula a troca de informações, reduz conflitos e melhora o desempenho conjunto.
Siga com a leitura e saiba mais como evitar o risco relacional na sua empresa!
O que é risco relacional?
Nas relações entre empresas, existe o chamado “risco relacional” — a possibilidade de que uma das partes não atue de forma colaborativa e aja com base apenas em interesses próprios. Conforme mencionado anteriormente, isso pode se manifestar de várias formas: retenção de informações, descumprimento de acordos, uso indevido de tecnologias ou recursos compartilhados, atrasos em pagamentos, entregas com qualidade inferior, entre outros comportamentos.
Logo, o risco relacional compromete a cooperação e afeta diretamente o desempenho conjunto. A gestão dos riscos relacionais, portanto, envolve a identificação, avaliação e contenção desses comportamentos, por meio de práticas que possam mitigar seus efeitos e evitar que a relação comercial se deteriore.
Riscos e valor nas parcerias empresariais
Todo relacionamento entre empresas busca gerar valor para os envolvidos — seja em ganhos financeiros, em inovação ou em acesso a novos mercados. Mas, para que isso ocorra, é preciso lidar com riscos. Os riscos relacionais estão associados a fatores como o cumprimento dos acordos, mudanças no ambiente regulatório ou até mesmo oscilações no comportamento e no comprometimento dos parceiros, conforme já mencionado. No entanto a atenção constante a esses fatores faz com que problemas sejam antecipados, evitando prejuízos e rupturas nos relacionamentos.
Nem todos os relacionamentos empresariais atingem os resultados esperados por uma razão simples: falta de alinhamento entre as empresas. Quando os parceiros não compartilham valores semelhantes ou quando há conflitos culturais, o relacionamento se fragiliza. Isso abre espaço para comportamentos oportunistas, tentativas de controle excessivo ou contratos rígidos demais, que acabam sufocando a colaboração.
Como proteger os relacionamentos empresariais?
Existem maneiras de proteger os relacionamentos empresariais contra riscos relacionais. Uma delas é aprender com experiências passadas, o que ajuda a reconhecer padrões de comportamento e identificar pontos de vulnerabilidade. Outra é usar garantias contratuais claras, que especifiquem obrigações, limites e sanções em caso de descumprimento. Os contratos quando bem estruturados tem a capacidade de definir as regras e alinhar expectativas entre as partes de forma clara e precisa.
Contudo, só o contrato não resolve tudo. Muitas vezes, as regras formais são insuficientes para prever todas as situações possíveis, justamente porque os seres humanos agem com racionalidade limitada — ou seja, tentam tomar decisões racionais, mas dentro de um universo restrito de informações e previsões. Além disso, o comportamento humano é naturalmente instável, o que torna difícil criar contratos completamente abrangentes.
A lógica dos custos de transação
A chamada economia dos custos de transação propõe que toda troca entre empresas — seja de bens, serviços ou informações — envolve um custo para que a operação aconteça de forma segura e eficiente. Dependendo da natureza da relação, esse custo pode ser maior ou menor, e a empresa precisa escolher o melhor mecanismo de governança: por meio do mercado, de alianças ou de estruturas hierárquicas.
A racionalidade limitada e o oportunismo são duas premissas dessa teoria. As empresas precisam reconhecer que seus parceiros nem sempre agem com total transparência ou boa-fé, e que há limites para o que pode ser antecipado ou controlado. Por isso, as organizações buscam formas de reduzir esses custos, usando tanto mecanismos formais quanto estratégias colaborativas.
Colaboração como diferencial competitivo
Parcerias colaborativas vão além de simples trocas comerciais, pois geram benefícios tangíveis e intangíveis: redução de custos, compartilhamento de conhecimento, adaptação mais rápida às mudanças do mercado, acesso facilitado a recursos, maior aprendizado organizacional, entre outros.
Por esse motivo, investir na construção de relações duradouras com base em confiança e colaboração proporciona chances maiores de enfrentar incertezas e responder com agilidade às demandas externas. Isso se reflete em ganhos para todos os envolvidos — não só financeiros, mas também em reputação, inovação e vantagem competitiva.
Conclusão
Quando empresas compartilham visões e ambientes semelhantes, a construção da confiança se torna mais natural. Isso favorece relações colaborativas mais estáveis, com benefícios como redução de custos, maior capacidade de adaptação, troca de conhecimento e aprendizado organizacional. A colaboração estratégica, portanto, é uma ferramenta relevante para fortalecer redes de negócios e responder de forma mais eficaz às exigências do mercado.
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