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Como fazer Due Diligence em Fusões e Aquisições?

Written by Alexandre Pegoraro | 11/12/24 12:00

A Due Diligence é uma etapa indispensável em processos de fusões e aquisições (M&A, sigla em inglês para Mergers and Acquisitions), pois possibilita à empresa compradora avaliar detalhadamente a situação da empresa-alvo. O processo é minucioso e visa coletar e analisar informações que proporcionem uma visão ampla sobre os aspectos jurídico, financeiro, contábil, tecnológico e outros, para que se tenha uma compreensão sólida do negócio.

A diligência prévia permite que o comprador confirme dados importantes e identifique tanto os riscos quanto as oportunidades da transação. Com base em informações consistentes, é possível tomar decisões estratégicas, aumentando as chances de sucesso da operação e reduzindo incertezas. Além disso, o procedimento também capacita a empresa adquirente a estabelecer garantias adequadas e definir uma estrutura fiscal que otimize o investimento.

Áreas de Análise na Due Diligence

Uma due diligence abrangente deve contemplar diversas áreas, incluindo:

  • Financeira: Avaliação de demonstrações financeiras, fluxo de caixa, endividamento e projeções futuras;

  • Jurídica: Revisão de contratos, litígios pendentes, propriedade intelectual e questões regulatórias;

  • Tributária: Análise de conformidade fiscal, passivos tributários e incentivos fiscais;

  • Trabalhista: Verificação de contratos de trabalho, políticas de recursos humanos e possíveis passivos trabalhistas;

  • Operacional: Avaliação de processos internos, eficiência operacional e infraestrutura tecnológica.

Passo a passo de como fazer Due Diligence em Fusões e Aquisições

Os passos da realização da Due Diligence dependem de vários fatores como a situação concreta, o porte da organização e outras questões, mas você pode ter uma visão geral dos passos básicos a seguir:

  1. Planejamento

O primeiro passo é definir o escopo da Due Diligence, ou seja, delimitar as áreas a serem analisadas, como finanças, passivo judicial e outros aspectos jurídicos, recursos humanos, tecnologia e operações. O planejamento precisa ser detalhado para evitar lacunas que possam resultar em riscos ocultos ou informações incompletas.

  1. Reunião de Documentos

Uma Due Diligence eficaz requer acesso completo a documentos essenciais, como demonstrações financeiras, contratos comerciais, registros de propriedade intelectual, licenças, autorizações regulatórias e litígios pendentes. Para isso, geralmente é montado um data room virtual, visando mais segurança e organização no compartilhamento de informações.

  1. Avaliação financeira

Nesta etapa, examinam-se as demonstrações financeiras e os balanços da empresa-alvo para verificar receitas, despesas, margens de lucro, passivos e potenciais contingências fiscais. É importante confirmar a veracidade dos dados apresentados e identificar eventuais inconsistências.

  1. Análise jurídica

A revisão jurídica foca em contratos, processos judiciais e regulatórios. Essa avaliação identifica possíveis passivos legais, problemas de compliance e riscos associados a contratos com terceiros ou reguladores. A análise também deve verificar a conformidade com legislações locais e setoriais.

  1. Revisão operacional

A operação é revisada para entender a estrutura organizacional, processos produtivos, cadeias de suprimentos e eficiência geral da empresa. Logo, questões como a dependência de fornecedores ou clientes-chave são pontos que impactam a viabilidade do negócio.

  1. Avaliação dos Recursos Humanos

Os contratos de trabalho e as relações trabalhistas, políticas de benefícios e a estrutura de cargos precisam ser revisados. Assim, questões como passivos trabalhistas ou desafios na integração cultural entre as equipes também entram no radar.

  1. Verificação de ativos intangíveis

Aspectos como propriedade intelectual, marca, patentes, software e direitos autorais devem ser revisados para que estejam devidamente protegidos e em conformidade com as exigências legais.

  1. Relatórios

Após a coleta e análise das informações, elabora-se um relatório consolidando os principais riscos e oportunidades identificados. Este documento serve como base para renegociações, ajustes no “Valuation” ou até mesmo a decisão de prosseguir ou não com a transação.

Papel da Tecnologia no processo de Due Diligence

A tecnologia é de extrema importância e mudou radicalmente a forma como as Due Diligences são conduzidas, aumentando a eficiência e a precisão das análises. Logo, ferramentas como inteligência artificial, plataformas de colaboração e softwares de análise de dados permitem automatizar tarefas repetitivas, identificar padrões em grandes volumes de informações e acelerar a verificação de antecedentes e documentos.

  • Plataformas de colaboração: Facilitam o trabalho integrado entre equipes multidisciplinares;

  • Análise financeira automatizada: Softwares processam dados complexos, detectando tendências e anomalias;

  • Inteligência Artificial: Automatiza a revisão de contratos e auxilia na identificação de riscos ocultos;

  • Business Intelligence (BI): Permite avaliar o posicionamento de mercado da empresa-alvo e identificar oportunidades de crescimento.

Com a ajuda dessas tecnologias, o comprador consegue obter uma visão mais precisa do negócio-alvo, embasando decisões estratégicas e aumentando a segurança da transação. A Due Diligence, portanto, não é apenas um mecanismo de análise, mas uma ferramenta essencial para o sucesso de fusões e aquisições.

Conclusão

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