Realizar uma Due Diligence exige uma análise detalhada de todos os aspectos relevantes de uma empresa, desde suas finanças até questões jurídicas e operacionais. O objetivo é obter uma visão clara da situação da empresa para tomar decisões acertadas e reduzir riscos. Para conduzir uma Due Diligence, é fundamental definir o escopo da investigação, formar uma equipe qualificada, coletar e avaliar documentos essenciais, e finalmente, apresentar um relatório abrangente que sintetize os achados e ofereça recomendações estratégicas.

Siga com a leitura para saber mais sobre como fazer uma Due Diligence, e conheça quais as dúvidas mais comuns sobre o tema!

Qual o objetivo da Due Diligence?

O objetivo da Due Diligence é realizar uma análise minuciosa e detalhada de uma empresa, ativo ou transação para identificar riscos, oportunidades e informações que possam influenciar a decisão de prosseguir com o negócio.

1. Avaliar Riscos: Identificar possíveis riscos financeiros, legais, operacionais e de conformidade que possam impactar a transação ou o valor do ativo;
2. Tomar Decisões: Fornecer uma visão clara e fundamentada para que as partes envolvidas possam tomar decisões informadas sobre a transação;
3. Verificar Conformidade: Garantir que todas as partes envolvidas estejam em conformidade com as leis e regulamentos aplicáveis;
4. Revelar Oportunidades: Identificar áreas de potencial crescimento ou melhoria que possam beneficiar a transação ou a integração futura.

A Due Diligence é uma ferramenta essencial para reduzir incertezas e assegurar que todas as implicações da transação sejam compreendidas antes de sua conclusão

O que é formulário de Due Diligence?

Um formulário de Due Diligence é um documento utilizado para coletar informações específicas durante o processo de diligência prévia. Ele contém uma série de perguntas e solicitações que ajudam a reunir dados necessários sobre a empresa em questão. O formulário serve para ter acesso detalhes relevantes em diversas áreas, como finanças, jurídico, trabalhista e fiscal, facilitando a análise detalhada e a avaliação precisa da empresa.

O que é relatório de Due Diligence?

O relatório de Due Diligence é um documento que resume e apresenta os resultados da análise realizada durante o processo de diligência prévia com uma visão geral dos aspectos financeiros, jurídicos, trabalhistas e fiscais da empresa, destacando as descobertas principais, riscos identificados e recomendações. O relatório é enviado para as partes interessadas tomarem conhecimento de decidirem sobre a transação ou acordo em questão.

Quem pode fazer Due Diligence?

A due diligence é geralmente conduzida por empresas de consultoria especializadas, que possuem equipes multidisciplinares preparadas para analisar diferentes áreas da empresa. Esses consultores podem incluir advogados, contadores, economistas e analistas de investimentos, que trabalham juntos para realizar uma avaliação completa e precisa da empresa.

Como funciona a Due Diligence?

A Due Diligence funciona por meio de um processo sistemático que envolve várias etapas. Inicialmente, uma equipe especializada é formada para conduzir a análise. Em seguida, os consultores adquirem um conhecimento aprofundado do negócio e levantam documentos e informações relevantes. Com esses dados em mãos, eles realizam uma análise detalhada e preparam um relatório final que resume as descobertas e fornece uma visão clara sobre o valor e os riscos da empresa. Este relatório é essencial para que as partes interessadas possam tomar decisões fundamentadas sobre a transação ou acordo.

Como fazer a Due Diligence?

Para garantir uma análise eficaz durante a Due Diligence, é preciso entender claramente o que será examinado e o propósito da investigação. O primeiro passo é definir a abrangência do estudo, que depende de diversos fatores.

A identidade do contratante influencia diretamente o trabalho a ser realizado e o relatório final. Se a Due Diligence é solicitada por uma empresa que deseja avaliar sua própria situação fiscal, é provável que informações completas e atualizadas sejam fornecidas. Por outro lado, se a investigação é realizada para uma empresa interessada em adquirir outra, a verificação rigorosa das informações fornecidas pela empresa alvo é fundamental, pois passivos significativos podem afetar a proposta de compra.

Definir os alvos do estudo é essencial para estimar a complexidade do trabalho. Por exemplo, a análise de uma sociedade anônima pode ser menos complexa do que a de uma sociedade limitada com muitos sócios. Saber quais aspectos serão examinados ajuda a entender a profundidade e a extensão da investigação.

O tipo de negócio desejado determina o foco da due diligence. Para uma empresa em busca de investimentos, uma análise completa de todos os setores é necessária para avaliar riscos e oportunidades. No entanto, para a aquisição de um imóvel, a due diligence será mais focada e menos extensa, centrando-se no bem em questão e na situação financeira dos proprietários.

A parte contratante deve informar antecipadamente sobre os recursos que serão alocados para a Due Diligence. Isso inclui o acesso a bases de dados, documentos oficiais e outras fontes de informação. Conhecer os recursos disponíveis ajuda a determinar o que pode ser feito e quais limitações podem existir.

Estabelecer um cronograma claro é fundamental. Para fusões e aquisições, o processo de Due Diligence geralmente leva cerca de 60 dias. Definir as expectativas em relação ao prazo de entrega do relatório e quaisquer outras restrições temporais é crucial para a execução eficiente do trabalho.

Após definir essas questões, a equipe responsável pela Due Diligence pode ser formada, e um cronograma pode ser elaborado. A equipe, então, desenvolverá uma checklist detalhada e começará a coleta dos documentos e informações necessários. Finalmente, as informações serão analisadas e consolidadas em um relatório técnico.

Obtenção de Documentos e Informações

A fase investigativa da Due Diligence ocorre na segunda etapa. Nesta fase, a checklist é usada para garantir que todos os documentos e informações necessários sejam coletados. A análise tem como objetivo criar uma visão clara da situação atual dos alvos da pesquisa, identificando:

• Riscos negociais relevantes;
• Avaliação da idoneidade das partes e possíveis restrições ao negócio;
• Histórico do comportamento dos alvos em áreas como finanças, tributação, questões jurídicas, trabalhistas e criminais;
• Histórico de atuação no mercado e relacionamentos.

Os documentos podem ser obtidos diretamente dos alvos da pesquisa, por meio de solicitações e questionários, e complementados com informações de bancos de dados públicos e privados, certidões e documentos oficiais. Considerando a natureza sensível dos dados envolvidos, a implementação de acordos de confidencialidade e boas práticas de segurança da informação é essencial.

Fontes de Dados para Checagem

As fontes comuns para a checagem de informações são:

• Páginas oficiais dos órgãos judiciais e tribunais;
• Diários oficiais e certidões emitidas por órgãos fiscalizadores;
• Listas restritivas nacionais e internacionais;
• Sistemas de protestos, cheques devolvidos e bureaux de crédito;
• Pesquisas de antecedentes criminais e bases cadastrais de órgãos públicos;
• Informações sobre propriedades e bens em órgãos públicos;
• Fatos noticiados pela imprensa e redes sociais.

Utilizar várias fontes confiáveis para verificar dados aumenta a segurança da informação. Ferramentas tecnológicas de mineração de dados podem acelerar o processo e permitir que a equipe de Due Diligence se concentre na análise consultiva.

Elaboração do Relatório

A conclusão da Due Diligence resulta na elaboração de um relatório pelos consultores. O documento inclui o escopo definido, os achados da pesquisa e os riscos identificados. Alternativas para mitigar riscos, como cauções e garantias, também podem ser propostas. Após a entrega do relatório, a parte contratante avaliará as informações e decidirá se prossegue com o negócio. Em casos de due diligence contínua, a empresa pode optar por encerrar o vínculo com os alvos avaliados, caso estes não estejam em conformidade com suas políticas.

Conclusão

A Due Diligence traz informações essenciais para a gestão de riscos e o fortalecimento da cultura de conformidade. Esse processo também é importante em fusões e aquisições, ajudando a empresa a avaliar os riscos associados às transações comerciais de forma precisa.

Realizar a Due Diligence de maneira sistemática e contínua é fundamental para acompanhar as mudanças nas leis e regulamentações, bem como as transformações internas e externas que podem impactar a conformidade. Contudo, é importante observar que a Due Diligence não elimina completamente os riscos, mas atua como uma ferramenta de análise e identificação, permitindo à empresa implementar medidas eficazes para mitigá-los.

Manter-se atualizado e aprimorar continuamente os processos e controles internos é essencial para enfrentar novos desafios e garantir a eficácia do Compliance. Para saber mais sobre as soluções da Kronoos para Due Diligence, entre em contato com nossos especialistas e descubra como podemos apoiar sua empresa.