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    Como ocorre o financiamento ao terrorismo

    Como ocorre o financiamento ao terrorismo?

    O financiamento do terrorismo é o processo de obtenção e movimentação de recursos destinados a apoiar atividades terroristas. Após os ataques de 11 de setembro de 2001 em Nova Iorque, o mundo se viu diante da gravidade e da amplitude desse fenômeno, que se espalha rapidamente por qualquer região e atinge alvos de maneira imprevisível. Outros atentados de grande escala, como os de Madrid, em 2004, e em Londres, em 2005, evidenciaram ainda mais a complexidade do terrorismo, que desafia até mesmo os mais avançados sistemas de segurança e inteligência.

    Os acontecimentos tiveram repercussão mundial e forçaram os governos a repensar suas estratégias de combate, compreendendo que a luta contra o terrorismo não pode se restringir à atuação militar ou à segurança pública. Logo, é necessário adotar ações políticas, sociais, econômicas, judiciais e, especialmente, financeiras. O foco passou a ser, portanto, a prevenção de atentados e a interrupção do fluxo de recursos que alimenta as organizações terroristas.

    Siga com a leitura e acompanhe mais sobre como ocorre o financiamento ao terrorismo!

    Afinal, como ocorre o financiamento ao terrorismo?

    O financiamento ao terrorismo ocorre por meio de diversas práticas ilegais disfarçadas no comércio internacional, com o objetivo de transferir recursos para atividades terroristas. Uma das formas de identificação desse tipo de atividade é por meio da lavagem de dinheiro com base no comércio. Nesse processo, criminosos utilizam o sistema de comércio para ocultar a origem ilícita de recursos, manipulando documentos aduaneiros ou bancários de modo que a transação pareça legítima. O dinheiro gerado por essas transações fraudulentas é, então, utilizado para financiar organizações ou ações terroristas.

    Alguns indicadores comuns que sugerem a prática de financiamento ao terrorismo são a recepção de pagamentos em espécie por intermediários não relacionados com as partes envolvidas na transação, a subvalorização ou sobrevalorização dos produtos comercializados, e transações envolvendo produtos de uso duplo, que podem ser empregados tanto para fins civis quanto militares. Além disso, o uso de rotas de envio incomuns ou locais considerados de alto risco, como regiões com vínculos conhecidos a grupos terroristas, também pode ser um indício de que a transação está relacionada ao financiamento de atividades terroristas.

    Outra tática é o uso de empresas de fachada, sem uma justificativa comercial clara, para ocultar a verdadeira identidade dos envolvidos e desviar recursos para fins ilícitos. Além disso, a repetição de transações com as mesmas mercadorias ou a alteração de documentos e termos contratuais de forma suspeita também são formas comuns de disfarçar o financiamento de atividades terroristas. Dessa forma, a detecção de tais padrões e comportamentos, quando combinados, indica que os recursos estão sendo usados para financiar ações terroristas, representando um risco significativo para a segurança internacional.

    Origem lícita do dinheiro para financiar o terrorismo

    No financiamento do terrorismo, ao contrário da lavagem de dinheiro, os recursos não precisam ter origem necessariamente ilícita. Por exemplo, uma pessoa que apoia uma causa terrorista pode realizar doações utilizando dinheiro proveniente de atividades legítimas. Contudo, quando os recursos têm origem ilegal, os terroristas buscam ocultar tanto sua origem quanto seu destino, dificultando o rastreamento.

    Fases do financiamento do terrorismo

    Coleta


    Na primeira fase, o objetivo principal é inserir o dinheiro no sistema financeiro, desvinculando-o de sua origem, seja ela legal ou ilegal. Isso ocorre por meio de doações ou depósitos que ocultam a verdadeira natureza dos recursos. Por exemplo, uma doação a uma instituição educacional de ajuda internacional pode ser, na verdade, usada para financiar atividades terroristas, se a organização for uma fachada.

    Dissimulação


    Neste estágio, os terroristas realizam uma série de transações financeiras para disfarçar ainda mais a origem dos fundos. Movimentações entre diversas contas, conversões de moedas e o uso de empresas de fachada são comuns. O objetivo é dificultar o rastreamento e apagar qualquer ligação direta com a origem dos recursos ou com os atos terroristas para os quais se destinam.

    Aplicação


    Após a integração ao sistema financeiro, os recursos são finalmente aplicados em atividades terroristas, como a compra de armas, o financiamento de operações logísticas ou o recrutamento de indivíduos para realizar ataques. A fase de aplicação envolve o uso dos fundos através de transações complexas que ocultam seu destino final.

    Exemplos de financiamento ao terrorismo

    Vamos imaginar o caso de João, que decide contribuir mensalmente com 3% de sua renda para uma fundação que luta contra a pobreza no Sudeste Asiático. No entanto, essa fundação, embora aparente ser legítima, é na verdade controlada por uma célula terrorista. Inicialmente, o dinheiro de João é depositado na conta da fundação, iniciando a fase de coleta.

    Logo, os recursos começam a ser transferidos entre várias contas de empresas fictícias ligadas ao grupo terrorista, um movimento que visa ocultar a origem do dinheiro e dificultar seu rastreamento. Essa movimentação caracteriza a fase de dissimulação.

    Por fim, os fundos são utilizados para financiar ações terroristas em outra parte do mundo, como parte da fase de aplicação. O dinheiro de João, misturado a outros recursos, acaba contribuindo para um ataque em uma cidade distante, sem que ele tenha qualquer ideia de sua verdadeira destinação.

    Prevenção do financiamento ao terrorismo

    A semelhança entre o financiamento do terrorismo e a lavagem de dinheiro (LD) levou à intensificação dos esforços internacionais para combater o primeiro. Com o uso de sistemas de monitoramento e prevenção já existentes para a lavagem de dinheiro, vários países passaram a adotar medidas mais rígidas para detectar e interromper o financiamento de atividades terroristas. Algumas dessas medidas são a exigência de maior transparência nas transações financeiras e o bloqueio de recursos destinados a organizações terroristas. O objetivo é rastrear os fluxos financeiros e identificar atividades suspeitas antes que o dinheiro seja utilizado para financiar atentados.

    Punição pelo financiamento do terrorismo no Brasil

    No Brasil, o financiamento do terrorismo é um crime grave, regulado pela Lei nº 13.260/2016, que define os crimes relacionados ao terrorismo e estabelece penas específicas. O artigo 16 dessa lei determina que quem financia atividades terroristas, direta ou indiretamente, pode ser punido com reclusão de 3 a 10 anos, além de multa. A pena pode ser aumentada caso haja envolvimento com organizações terroristas, e a lei também prevê a apreensão e o sequestro de bens, direitos e valores utilizados ou destinados à prática do terrorismo, interrompendo assim o financiamento de tais atividades.

    Conclusão

    O financiamento do terrorismo envolve a movimentação de recursos, sejam eles legais ou ilegais, para apoiar atividades terroristas. Por meio das fases de coleta, dissimulação e aplicação, os terroristas buscam esconder a origem e o destino dos fundos. A adoção de medidas preventivas, inspiradas nos sistemas de controle da lavagem de dinheiro, tem sido essencial para interromper esse fluxo financeiro e combater os ataques terroristas.

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