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Due Diligence pré-M&A

Written by Alexandre Pegoraro | 12/06/25 12:00

Nas fusões e aquisições de empresas, a Due Diligence pré-M&A é um procedimento essencial que consiste na análise detalhada da empresa-alvo. O principal propósito é avaliar riscos, ativos, passivos e a conformidade legal antes de fechar o negócio, oferecendo uma base sólida para as decisões financeiras, jurídicas e estratégicas que definirão o sucesso da transação.

Neste artigo, serão abordados os pontos principais da Due Diligence pré-M&A, explicando suas modalidades, objetivos e o impacto que exerce no processo decisório, além de apresentar dados atualizados sobre o mercado brasileiro.

O que é Due Diligence pré-M&A?

A Due Diligence pré-M&A é um processo que acontece antes da concretização de uma fusão ou aquisição. Pode-se dizer que é uma investigação abrangente que envolve a análise de documentos, contratos, passivos legais, estrutura societária, questões fiscais, trabalhistas, ambientais e financeiras da empresa alvo. O objetivo aqui é revelar à parte compradora a real situação do negócio, permitindo decisões fundamentadas e a redução dos riscos associados à operação.

A análise tem, portanto, caráter multidisciplinar, buscando identificar contingências e riscos ocultos que possam afetar o valor da empresa ou comprometer sua continuidade. Além disso, a Due Diligence avalia o grau de conformidade com normas regulatórias e orienta a negociação sobre preço e condições contratuais. O escopo envolve áreas jurídicas, financeiras, fiscais, operacionais, ambientais e tecnológicas, dependendo da complexidade da operação.

O principal objetivo é detectar passivos ocultos, contingências legais, irregularidades fiscais, pendências trabalhistas e riscos ambientais que possam influenciar o valor da empresa e a viabilidade do investimento.

Como funciona a Due Diligence pré-M&A?

O processo tem início com o pedido formal de documentos e informações pela equipe interessada na compra. Em seguida, times multidisciplinares, compostos por advogados, contadores e especialistas financeiros e ambientais, examinam esses dados e produzem relatórios técnicos que destacam riscos, pontos críticos e oportunidades.

Na etapa final, são realizadas reuniões para debater os achados, o que pode levar à renegociação de cláusulas contratuais, ajustes no preço ou a inclusão de garantias específicas, como cláusulas Escrow ou Earn-out.

A eficácia da Due Diligence depende diretamente da qualidade e transparência das informações fornecidas pela empresa-alvo, da sinergia entre as equipes envolvidas e da experiência técnica dos profissionais contratados. Desse modo, em caso de falhas na comunicação ou análises superficiais o resultado fica comprometido.

Due Diligence pré-M&A como instrumento de mitigação de riscos

De acordo com um estudo da McKinsey realizado em 2023, aproximadamente 55% das fusões e aquisições no Brasil não atingem as metas financeiras previstas, principalmente por causa de riscos que não foram identificados antes do fechamento da transação.

A Due Diligence atua como ferramenta preventiva ao oferecer um panorama claro da situação da empresa, permitindo a elaboração de um Valuation realista. A análise considera dados históricos, desempenho operacional, projeções e riscos setoriais, reduzindo as assimetrias de informação e equilibrando as negociações.

Com um diagnóstico detalhado, o comprador pode estruturar o contrato com cláusulas que minimizem exposição a passivos ocultos, como mecanismos de ajuste de preço, garantias e obrigações de indenização. Isso traz mais segurança jurídica e previsibilidade para ambas as partes.

Além disso, a Due Diligence revela a realidade operacional da empresa, possibilitando o alinhamento de expectativas e a identificação de ativos subutilizados e sinergias que podem aumentar o valor do investimento na fase pós-aquisição.

Por fim, a ausência ou condução superficial dessa análise pode acarretar passivos inesperados, litígios, necessidade de reservas financeiras emergenciais e danos à reputação corporativa. Portanto, esse processo funciona como uma proteção estratégica, possibilitando o desenvolvimento de planos para mitigar riscos ou renegociar termos.

Conclusão

A Due Diligence pré-M&A representa um diferencial competitivo para investidores e empresas, atuando como um escudo que protege contra perdas financeiras e danos à reputação. Sua aplicação cuidadosa e multidisciplinar é decisiva para o sucesso das operações de fusão e aquisição no Brasil, garantindo uma visão clara, fundamentada e segura sobre o negócio.

A Kronoos oferece soluções tecnológicas que facilitam e tornam mais seguro o processo de Due Diligence em operações de fusões e aquisições. Suas ferramentas são projetadas para otimizar a coleta, organização e análise de dados, reduzindo riscos e aumentando a eficiência na avaliação da empresa-alvo.

Um dos principais diferenciais da Kronoos está na centralização de informações por meio de plataformas digitais que permitem o gerenciamento estruturado de documentos, contratos, dados financeiros e jurídicos. Essa organização evita perdas ou falhas na comunicação entre as equipes envolvidas, um fator crítico para a qualidade da Due Diligence.

Outra vantagem importante é a segurança dos dados. As ferramentas da Kronoos contam com protocolos rigorosos de proteção da informação, garantindo confidencialidade e conformidade com normas de privacidade, essencial em transações que envolvem dados sensíveis. Entre em contato com um de nossos especialistas para saber mais!