Os conceitos de KYC (Know Your Customer) e PLD (Prevenção à Lavagem de Dinheiro) são pilares essenciais na manutenção da integridade e segurança do sistema financeiro. Embora tratem de áreas distintas, ambos estão estreitamente conectados à análise de riscos, sendo fundamentais para o combate a práticas ilícitas.
O KYC, por exemplo, é uma ferramenta vital na prevenção de crimes financeiros, como a lavagem de dinheiro, que, infelizmente, tem se intensificado nos últimos anos. Um caso recente que ilustra esse tipo de crime foi divulgado no portal da Revista Exame, em que o governo dos Estados Unidos iniciou uma operação contra a lavagem de dinheiro envolvendo a Coreia do Norte e um esquema de criptomoedas.
Segundo o governo dos Estados Unidos, Lu Huaying e Zhang Jian estariam entre os principais envolvidos em uma rede de lavagem de dinheiro comandada por Sim Hyon Sop, um representante do setor bancário da Coreia do Norte, que já foi alvo de sanções impostas pelos EUA.
Li e Zhang operavam por meio de uma empresa fictícia registrada nos Emirados Árabes Unidos, a Green Alpine Trading, que também foi sancionada. De acordo com as autoridades dos Estados Unidos, as criptomoedas eram utilizadas para contornar as sanções e transferir recursos ao governo da Coreia do Norte.
Em um comunicado, as autoridades destacaram que "a Coreia do Norte continua a utilizar agentes e representantes para acessar o sistema financeiro global e realizar atividades financeiras ilegais, como operações tecnológicas ilícitas, furtos de ativos virtuais e lavagem de dinheiro.
Diante deste cenário, é fácil perceber a importância de entender a relação e a diferença entre estes processos internos. Neste artigo exploramos em detalhes o que são KYC e PLD, além de esclarecer a relação entre eles. Continue lendo para entender a relevância deste tema.
KYC, ou "Conheça Seu Cliente", é um processo interno corporativo que é comumente adotado pelas instituições financeiras para checar e validar a identidade de seus clientes. O principal objetivo dessa prática é evitar fraudes, lavagem de dinheiro, dentre outros crimes, de forma que a instituição saiba com quem está se relacionando.
O processo é basicamente a coleta de documentos oficiais, como passaporte e comprovantes de residência, que passam por uma análise rigorosa para verificar sua autenticidade. Após essa verificação inicial, uma avaliação de risco é realizada, levando em consideração o perfil financeiro do cliente e o comportamento de suas transações. Desse modo, caso haja indícios de comportamentos incomuns, medidas adicionais são adotadas para prevenir atividades fraudulentas.
Além disso, o monitoramento das transações visa identificar padrões atípicos. Todas as transações consideradas suspeitas são avaliadas em detalhes para entender a origem e destino das mesmas. As informações dos clientes também devem ser atualizadas sempre que houver mudanças, como alteração de endereço, garantindo que os registros estejam sempre em conformidade com as exigências legais.
A PLD (Prevenção à Lavagem de Dinheiro) envolve um conjunto de práticas e regulamentos que visam evitar que recursos originados de atividades criminosas sejam mascarados e introduzidos no sistema financeiro. O objetivo é proteger a integridade do setor financeiro, garantindo que transações ilícitas sejam detectadas e comunicadas às autoridades competentes.
A aplicação da PLD começa com a análise detalhada de transações financeiras, com foco na identificação de comportamentos suspeitos. As instituições financeiras monitoram em tempo real todas as movimentações para identificar padrões inusitados, como valores elevados ou transações atípicas. Quando uma transação é considerada suspeita, uma investigação aprofundada é conduzida para determinar sua origem e finalidade. Caso a análise aponte que a transação está de fato relacionada à lavagem de dinheiro, a instituição é obrigada a reportar o caso às autoridades.
A ligação que existe entre KYC e PLD é no sentido de que as duas práticas visam a preservação da integridade do sistema financeiro contra fraudes e crimes financeiros. O KYC atua como a base do processo de PLD, fornecendo informações detalhadas e precisas sobre os clientes, o que permite monitorar suas atividades de acordo com a legislação vigente. Sem a realização do KYC, torna-se praticamente impossível detectar atividades suspeitas, pois a falta de dados sobre os clientes impede a análise eficaz de suas transações.
Em termos simples, o KYC fornece o alicerce necessário para que a PLD seja bem-sucedida. Sem uma verificação adequada do cliente, a detecção de transações irregulares torna-se um desafio. Portanto, a implementação eficaz do KYC é essencial para a operação eficiente do sistema de PLD.
Vale frisar que o KYC nada mais é do que a verificação e identificação de clientes, e a PLD por sua vez, consiste na detecção e prevenção de crimes no setor financeiro. Juntos, esses processos formam um sistema robusto de proteção e confiança nas instituições financeiras. Compreender a importância e a correta implementação dessas práticas é indispensável para garantir que uma instituição financeira esteja em conformidade com as regulamentações e consiga atuar de maneira segura e ética.
O KYC envolve a coleta minuciosa de dados, uma verificação rigorosa da identidade, análise de riscos, conformidade com as normas regulatórias, além de monitoramento contínuo e atualização constante das informações. Essas práticas são essenciais para assegurar a integridade do sistema financeiro e prevenir práticas ilícitas.
Para otimizar esses processos e aumentar a eficácia das verificações de KYC e demais procedimentos de compliance, a tecnologia desempenha um papel fundamental. Pensando nisso, a Kronoos desenvolveu uma série de soluções inovadoras.
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