Vamos falar sobre Due Diligence para aquisições usando Big Data? A consolidação de empresas por meio de aquisições tem se intensificado no mercado brasileiro, especialmente em setores como saúde, tecnologia, logística e educação. No entanto, o sucesso dessas transações não depende apenas da capacidade de negociar bons termos contratuais, na realidade, começa bem antes, no processo de Due Diligence. E é aqui que o Big Data entra como fator decisivo para transformar o diagnóstico jurídico, financeiro, regulatório e reputacional de uma empresa-alvo.
Em vez de depender exclusivamente de documentos fornecidos pelos vendedores ou de entrevistas com stakeholders-chave, as empresas mais preparadas estão ampliando a Due Diligence com tecnologias capazes de mapear, cruzar e analisar milhares de dados públicos e privados, extraídos de fontes diversas, em tempo real.
Tradicionalmente, a Due Diligence em operações de M&A (fusões e aquisições) se limitava a auditorias jurídicas e financeiras, conduzidas manualmente por equipes de advogados, contadores e consultores. Hoje, esse modelo é considerado insuficiente para negócios mais complexos ou com múltiplos passivos ocultos.
Segundo levantamento da PwC de 2024, mais de 60% das operações de aquisição no Brasil que envolveram empresas com passivos ocultos poderiam ter evitado riscos se tivessem utilizado soluções baseadas em Big Data e análise automatizada de risco reputacional.
Principalmente para as empresas que atuam em mercados regulados ou de forma geograficamente dispersa, enfrentam riscos como litígios não informados, passivos trabalhistas em unidades regionais, envolvimento com fornecedores expostos a sanções, e históricos de condenações administrativas que não aparecem nos relatórios convencionais.
O uso de Big Data na Due Diligence permite ampliar a abrangência e a profundidade da análise de dados. O Big Data consegue extrair as seguintes informações:
Vale frisar que os dados são organizados por CPF/CNPJ, cruzados com históricos de sócios, empresas relacionadas, processos cíveis, trabalhistas, tributários e criminais, oferecendo uma visão contextualizada e baseada em evidências.
Em 2023, um fundo de private equity brasileiro interrompeu a aquisição de uma rede de faculdades privadas após a Due Diligence com Big Data identificar que um dos sócios estava vinculado a uma empresa inabilitada por fraude em contratos públicos. A informação não constava nos documentos entregues pelos vendedores, nem nos relatórios financeiros auditados. A descoberta evitou um passivo potencial de R$ 40 milhões e impediu um prejuízo reputacional relevante para o grupo investidor.
O uso de Big Data na Due Diligence empresarial oferece vantagens práticas que vão além da mitigação de riscos ocultos:
O uso estratégico de Big Data em Due Diligence não se limita ao momento da aquisição. As empresas mais avançadas estão incorporando essa lógica de análise contínua em suas rotinas de governança e compliance, criando mecanismos de alerta para mudanças no perfil de risco de fornecedores, parceiros e até clientes corporativos. Essa mudança de paradigma transforma a Due Diligence em uma atividade permanente, integrada à inteligência de mercado e à prevenção de perdas.
A Due Diligence para aquisições usando Big Data permite ampliar a visão sobre riscos ocultos, acelerar a análise e permitir decisões mais embasadas, ou seja, essa tecnologia eleva o padrão de governança e proteção patrimonial nas operações de M&A. Conheça as soluções Kronoos para otimizar os processos de Due Diligence da sua empresa. Entre em contato com nossos especialistas e saiba mais!