A manipulação de resultados, conhecida como match fixing, compromete a credibilidade das competições esportivas e interfere diretamente na transparência do jogo. Embora o esporte desperte paixões e mobilize milhões de torcedores, essa prática fraudulenta viola os princípios da disputa justa e afeta atletas, clubes e entidades organizadoras. Além disso, trata-se de um crime sujeito a sanções severas.
No Brasil, a manipulação de resultados é prevista como infração criminal no Estatuto de Defesa do Torcedor (Lei nº 10.671/2003). Os artigos 41-C e 41-E estabelecem penas de 2 a 6 anos de reclusão, além de multa, para aqueles que propõem, aceitam ou participam de fraudes em eventos esportivos. A relevância dessa legislação cresceu após escândalos como o da “Máfia do Apito” em 2005, que expôs o envolvimento de árbitros em manipulações no futebol nacional.
A manipulação acontece quando jogadores, árbitros ou outros envolvidos em uma competição aceitam benefícios financeiros para influenciar o resultado de uma partida. Isso pode se dar por meio de ações pontuais, como marcação intencional de pênaltis ou aplicação de cartões, favorecendo esquemas de apostas ilegais.
Um dos episódios mais recentes no Brasil veio à tona em 2023, com a Operação Penalidade Máxima, conduzida pelo Ministério Público de Goiás. As investigações revelaram um esquema de corrupção que atingiu jogos das Séries A e B do Campeonato Brasileiro e do Campeonato Goiano, expondo fragilidades no sistema esportivo e levantando dúvidas sobre a lisura das competições.
O match fixing abala a confiança do público no esporte. Quando os resultados parecem predefinidos, a imprevisibilidade — essência de qualquer competição — se perde, levando à descrença e ao desinteresse dos torcedores.
Além do impacto na experiência dos fãs, os prejuízos financeiros são expressivos. Clubes e ligas podem sofrer quedas na arrecadação de bilheteria, produtos licenciados e direitos de transmissão, afastando patrocinadores e investidores. No setor de apostas, a perda de credibilidade desestimula apostadores e compromete a sustentabilidade das empresas envolvidas.
Para as organizações esportivas, os danos vão além da reputação. Processos judiciais, dificuldades para atrair novos investimentos e a instabilidade do mercado tornam-se desafios concretos. Dessa forma, a manipulação de resultados não é apenas um problema ético, mas uma ameaça à estrutura econômica do esporte.
As casas de apostas são responsáveis pelo combate ao match fixing, já que têm acesso a padrões de apostas que indicam movimentações suspeitas. O uso de tecnologias avançadas para análise de dados permite identificar volumes financeiros atípicos ou fluxos irregulares de apostas, possibilitando ações preventivas.
Além disso, é fundamental que essas empresas adotem políticas rigorosas de Compliance, colaborando com autoridades esportivas e órgãos de fiscalização para reportar possíveis fraudes. Treinamentos e campanhas de conscientização voltadas a atletas, dirigentes e apostadores também ajudam a mitigar os riscos, destacando as consequências legais da manipulação de resultados.
A transparência nas operações e a implementação de regras rígidas contra condutas ilícitas são essenciais para preservar a integridade do mercado de apostas e das competições esportivas. Afinal, a credibilidade do setor depende diretamente da confiança que torcedores e investidores depositam na lisura dos eventos esportivos.
Para as empresas que querem estar preparadas para as demandas do setor de Bets, o investimento em tecnologias avançadas de verificação é indispensável. Assim, é possível ter uma operação segura, eficiente e alinhada às melhores práticas de compliance. A Kronoos desenvolveu soluções tecnológicas de monitoramento de transações financeiras para Bets. Entre em contato com um de nossos especialistas para saber mais!