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Ferramentas de Due Diligence para escritórios de advocacia

Written by Alexandre Pegoraro | 14/05/25 12:00

Quais são as melhores ferramentas de Due Diligence para escritórios de advocacia? A Due Diligence é uma prática comum, mas não é mais restrita a operações de fusões e aquisições e passou a ocupar um espaço estratégico dentro dos escritórios de advocacia, especialmente aqueles que atuam com Direito societário, contratual, tributário e empresarial. Atualmente, os advogados trabalham ativamente na identificação, análise e mitigação de riscos jurídicos e operacionais por meio de ferramentas especializadas.

De acordo com pesquisa realizada pela Thomson Reuters em 2024, 67% dos escritórios de advocacia de médio e grande porte no Brasil já utilizam plataformas tecnológicas para automatizar etapas do processo de Due Diligence. Esse movimento reflete a necessidade de oferecer entregas mais ágeis, técnicas e fundamentadas, especialmente em operações que envolvem múltiplas partes, estruturas societárias complexas e passivos ocultos.

O que é Due Diligence nos escritórios de advocacia?

No universo jurídico, a Due Diligence consiste em uma investigação minuciosa de informações legais, financeiras e operacionais de uma empresa, pessoa física ou operação, com o objetivo de identificar riscos, inconsistências, passivos ou irregularidades que possam impactar decisões estratégicas. Nos escritórios de advocacia, esse processo vai desde a verificação de contratos e passivos trabalhistas até a análise de processos judiciais em curso e questões regulatórias.

No Brasil, com a ampliação das exigências regulatórias da Comissão de Valores Mobiliários (CVM), do Banco Central, da Receita Federal e de órgãos como a ANPD (Agência Nacional de Proteção de Dados), a Due Diligence passou a requerer também a conformidade com normas de proteção de dados, regras ambientais e práticas anticorrupção.

Principais Ferramentas Utilizadas por Escritórios

A sofisticação da Due Diligence exige hoje o uso de ferramentas específicas que permitam eficiência e precisão na análise de grandes volumes de dados. As mais utilizadas por escritórios brasileiros, são:

  1. Ferramentas de Pesquisa Jurídica Automatizada

Plataformas para coleta de dados judiciais, permitindo a visualização de históricos de litígios, análise preditiva de decisões e mapeamento de riscos com base em jurisprudência e estatísticas de tribunais. Isso reduz o tempo necessário para mapear passivos judiciais e entender o perfil litigioso de uma empresa.

  1. Ferramentas de Background Check

Soluções como a Kronoos permitem a análise de CPF/CNPJ, histórico societário, vínculos entre empresas, sanções e envolvimento em listas restritivas nacionais e internacionais (como OFAC, ONU, UE e INTERPOL).

  1. Plataformas de Due Diligence contratual

Há softwares jurídicos que automatizam a análise de contratos, alertando para cláusulas de risco, vencimentos, obrigações pendentes e termos incomuns. Para escritórios que gerenciam grandes volumes de documentos em pouco tempo, essas ferramentas trazem precisão e economia de recursos.

Due Diligence e Compliance para escritórios de advocacia

A expansão da Due Diligence dentro dos escritórios de advocacia também está atrelada ao crescimento das demandas de Compliance no setor privado. Logo, para as empresas que buscam contratos com o poder público ou que participam de licitações, é preciso que os escritórios de advocacia que as atendem façam investigações sobre terceiros, fornecedores e parceiros.

Além disso, os escritórios que atuam com programas de integridade geralmente oferecem serviços de Third Party Due Diligence (verificação de terceiros), com foco em análise de integridade, exposição a sanções e compliance anticorrupção. A atuação tem sido fundamental para multinacionais que precisam seguir normas como o Foreign Corrupt Practices Act (FCPA) dos EUA ou a UK Bribery Act.

Cenário brasileiro de Due Diligence para escritórios de advocacia

Apesar dos avanços, muitos escritórios ainda enfrentam desafios na implementação de processos estruturados de Due Diligence. A fragmentação de informações em órgãos públicos, a instabilidade de bases de dados oficiais e a limitação de acesso a determinadas fontes dificultam uma análise 100% automatizada.

Além disso, o custo das ferramentas ainda representa uma barreira para pequenos e médios escritórios. Embora o mercado esteja se movimentando para oferecer soluções modulares e escaláveis, a adesão plena à tecnologia exige mudança de mentalidade, investimento em capacitação e ajustes nos modelos de precificação dos serviços jurídicos.

A tendência é de uma integração cada vez maior entre ferramentas de Due Diligence, inteligência artificial e gestão documental em nuvem. Logo, os escritórios que souberem combinar a análise técnica com soluções tecnológicas conseguirão oferecer entregas mais completas, com menor risco de omissões e maior previsibilidade para o cliente.

Outra aspecto relevante é o uso de Due Diligence contínua (Ongoing Due Diligence), sobretudo em contratos de longo prazo ou parcerias estratégicas, o que implica em reavaliações periódicas dos riscos jurídicos envolvidos em uma relação comercial, permitindo ajustes preventivos e atualização dos pareceres emitidos.

Por fim, o uso de dashboards interativos para apresentação de relatórios de Due Diligence com visualizações gráficas, alertas e índices de risco já começou a se popularizar em escritórios com perfil consultivo e foco empresarial.

Conclusão

A Due Diligence para escritórios de advocacia evoluiu de um processo limitado para uma atividade estratégica, impulsionada por ferramentas tecnológicas e pela crescente demanda por segurança jurídica e conformidade. Por isso, investir em soluções robustas de Due Diligence deixou de ser uma vantagem e passou a ser um pré-requisito para quem deseja atuar com empresas de médio e grande porte, operações estruturadas e assessoria preventiva com alto padrão técnico. Quer otimizar as práticas de compliance, conheça as ferramentas Kronoos. Fale com um de nossos especialistas e saiba mais!